Empréstimo vale a pena?
Diferentes tipos de empréstimo são mais adequados para diferentes situações. De modo geral, as pessoas que os pedem se dividem em dois grupos:
- Pessoas que precisam pagar uma dívida ou débito existente;
- Pessoas que precisam de dinheiro para adquirir um bem ou realizar um plano, como viajar.
Quando vale a pena pagar uma dívida com um empréstimo?
Uma pesquisa conduzida em 2018 pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 23,7% dos entrevistados havia contratado um empréstimo para quitar uma dívida – de cartão de crédito, prestações e até outros empréstimos em aberto.
Essa é uma boa ideia? A resposta é relativamente simples: só vale a pena pedir um empréstimo para pagar uma dívida se você for gastar menos.
Um exemplo: você se enrolou no cheque especial, cujos juros chegam a mais de 300% ao ano. Para colocar em números claros, se você ficar negativado em R$ 200,00, em 12 meses, essa dívida se transformará em mais de R$ 800,00. Neste caso, considere pedir um empréstimo pessoal, por exemplo, que pode chegar a um quinto deste valor.
Independentemente do tipo de empréstimo que contratar, os juros não são a única cobrança em que você deve prestar atenção. Olho aberto, principalmente, para o Custo Efetivo Total (CET).
No CET estão embutidos, além dos juros, o IOF, seguro, tributos, registros e outras despesas de comum acordo no contrato. O IOF é de 0,38% sobre o valor total, mais uma porcentagem de 0,0082% por dia, calculada de acordo com o prazo de pagamento.
Lembre-se: É importante fazer um planejamento financeiro para ter certeza que as parcelas cabem no seu bolso.
Quando vale a pena pedir um empréstimo para comprar algo?
Um empréstimo bem negociado pode permitir que você adquira um bem valioso ao qual não teria acesso se precisasse pagar à vista.
Ao decidir se você quer um empréstimo, é preciso pesar qual é o benefício que aquela compra te trará a longo prazo. A reforma de um imóvel, por exemplo, é um dos motivos mais frequentes que levam os brasileiros a pedir empréstimos pessoais ou consignados – cerca de 20% das solicitações, segundo a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL. A reforma, além de atender a um conforto pessoal, também ajuda a valorizar o seu bem.
Da mesma forma, é comum emprestar dinheiro para comprar um imóvel ou um automóvel, pagar por um curso ou abrir um negócio. Todos esses motivos podem ser considerados “investimentos” para o futuro – mas cada caso é um caso e cada empréstimo é um empréstimo. Em qualquer situação, é essencial fazer um planejamento financeiro antes de contrair a dívida.
Quando o empréstimo não vale a pena?
A pesquisa também revelou razões pelas quais os brasileiros pedem empréstimos que merecem atenção. Compra de roupas, sapatos, móveis e eletrônicos figuraram entre os motivos, assim como pagamento de viagens.
Diferentes pessoas valorizam diferentes coisas e não há problema nisso. Mas vale a pena pensar muito bem antes de pedir um empréstimo para uma despesa não essencial.
Os juros são altos e a dívida pode crescer exponencialmente se não houver planejamento. Em muitos casos, vale mais a pena economizar por um período e gastar apenas quando tiver dinheiro suficiente guardado.
Tipos de empréstimo
Os tipos de empréstimo mais comuns são:
- Empréstimo consignado: nele, as parcelas são descontadas da folha de pagamento ou da aposentadoria de quem contrata.
- Empréstimo pessoal: o contrato é feito diretamente entre a instituição financeira e a pessoa que solicita.
- Empréstimo pessoal com garantia: funciona como o empréstimo pessoal, mas a instituição usa algum bem do contratante como garantia.
- Cheque especial: sim, ele também é um empréstimo! Trata-se de um limite pré-aprovado que o cliente usa automaticamente quando gasta mais do que o saldo em sua conta-corrente.
- Financiamento: é um tipo de empréstimo no qual a finalidade do uso do dinheiro é acordada entre o cliente e a instituição financeira – ou seja, ele só pode ser usado para pagar por algo pré-determinado, normalmente, um carro ou imóvel. O bem financiado serve como garantia.
Fonte: Blog Nubank